AmpeBr e demais entidades se manifestam contra aumento da tarifa de energia elétrica
Ofício com nota de repúdio foi encaminho ao presidente da Celesc
publicado em 27/08/2020

A Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região (AmpeBr) assinou com demais entidades representativas locais um ofício direcionado às Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). O documento de repúdio manifesta o descontentamento com o aumento na tarifa de energia elétrica, conforme anunciado pela autarquia na última semana e que já entrou em vigor desde o último sábado, 22 de agosto.

Segundo a Celesc, o reajuste foi de 8,42% para consumidores residenciais, os de baixa renda, rurais, de iluminação pública e comércio e de 7,67% para indústrias e comércio de grande porte, como shoppings, considerados clientes de alta tensão.

Segundo o ofício, “a medida causou estranhamento, desconforto e indignação, já que chega em um período em que o Brasil atravessa o que já é considerada a pior crise de sua história: a pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19). Enquanto as empresas buscam alternativas para o corte de gastos, na luta pela manutenção de empregos e salários, a discussão em pauta deveria ser de tolerância no corte da energia ou nos acordos para contas inadimplentes. Um reajuste, neste momento, mais do que uma atitude de extrema incoerência, é também um desrespeito, não apenas com as empresas, mas também com os trabalhadores catarinenses”.

 

Salários

Outra questão abordada pelo documento questiona os salários da superintendência e de alguns diretores da Celesc, expostos recentemente em reportagem divulgada no Estado. “Mesmo em 2020, diante desta crise, a autarquia manteve o pagamento da Participação de Lucros e Resultados (PLR) para os mais de três mil servidores, multiplicando o salário por seis. Com o incremento, o salário da superintendência foi de R$ R$ 276.200,16”, relata o documento.

“Da mesma forma que as demais entidades, a AmpeBr se manifestou, pois, acredita que este não é o melhor momento para que a Celesc aplique um aumento tão significativo nas taxas que impactam diretamente diversos setores da sociedade. Esperamos que a Celesc possa ouvir essa manifestação e rever tanto o valor das taxas aplicadas como os gastos da autarquia já que vivemos em um período difícil, com os impactos causados pela pandemia”, comenta o presidente da AmpeBr, Ademir José Jorge.

Além da AmpeBr assinaram também o ofício a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), a Câmara de Dirigentes Lojistas de Brusque – CDL Brusque, O Sindicato da Construção e do Mobiliário de Brusque (Sinduscon); o Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque, Botuverá, Guabiruba e Nova Trento (Sindivest); o Sindicato Patronal Têxtil de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sifitec); o Sindicato da Indústria Metalúrgica de Brusque (SimmeBr); o Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Brusque, Botuverá e Guabiruba (Sindilojas); o Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (Cescb); o Observatório Social de Brusque (OSBr); o Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (Ceab); e o Centro Universitário de Brusque (Unifebe).